Da música “Revoluções por minuto” do grupo RPM.
Pois é galera, agora a cegolândia está diante da proposta de regulamentação do jurássico Tratado de Marraqueche. E como todos podem perceber, os maiores interessados e defensores do bicho são sempre os mesmos, uma organização representante de cegos e uma instituição prestadora de serviços para cegos, que na verdade são uma única entidade, haja visto o endereço físico de ambas que é um só e a coincidência de pessoas que atuam ao mesmo tempo nas duas. A instituição que criou e financia a organização e a organização que trabalha pelos interesses da instituição, nada mais conveniente não é mesmo?! A última dessa dupla dinâmica é o esforço pela regulamentação do Tratado de Marraqueche, que, se fosse um veículo, seria tão moderno quanto um Ford bigode comparado a um carro elétrico da Tesla. De qualquer maneira, esse tratado está posto, já faz parte do arcabouço legal brasileiro e o pior de tudo, tem força constitucional, ou seja, é mais forte do que a LBI, Lei Brasileira de Inclusão. Com relação aos cegos, é clara a intenção do Tratado, ou seja, fazer com que toda a liberdade, com relação ao acesso ao livro e a leitura, que conseguimos na LBI seja retirada e voltemos a ter nossas vontades e necessidades tuteladas pelos mesmos “donos de cegos” de sempre. E se o Tratado em si já é algo medonho, o panorama pode ficar ainda pior se o texto da regulamentação também for definido sozinho por esses mesmos interessados. Quer dizer, eles conseguem trazer o tratado para o Brasil, aprová-lo, e por fim regulamentá-lo, uma tempestade perfeita. A única saída agora será os indivíduos com deficiência visual de bem, assim como as instituições verdadeiramente representativas e sérias do movimento de cegos entrarem nesse jogo e tentarem contribuir com suas sugestões para o texto de regulamentação. O grande problema é que a plataforma de participação na consulta pública não é acessível para pessoas com deficiência visual, não existe transparência no processo e tudo parece ser um jogo de cartas marcadas. Por isso cabe a todas as pessoas com deficiência que prezam por sua liberdade de escolha denunciarem essa vergonha e exigirem participação plena e acessível nessa discussão. Extremamente importante também é que o movimento de pessoas com deficiência visual tenha uma representação nacional digna e voltada às suas reais demandas e não apenas aos interesses particulares e corporativos de alguma pessoa ou instituição. E são tantas as nossas demandas não é mesmo? Falta de acessibilidade nas máquinas de cartão, semáforos sonoros inexistentes, empregabilidade ínfima, urnas eletrônicas sem acesso pleno, falta de Desenho Universal em todos os eletrodomésticos e eletroeletrônicos, a LBI ameaçada a todo momento, mas a instituição prestadora de serviços para cegos que controla a organização representante de cegos só pensa em tutelar nossa leitura. Por que será? Elementar meu caro Watson, tem muita grana envolvida nisso e ninguém rasga dinheiro não é mesmo?
#PraCegoVer
Este vídeo inicia com a imagem de Hitler, em pé e discursando, na sequência aparece um oficial a cavalo, prestando continência, e soldados executando homens a tiros. Logo em seguida, um pequeno desfile militar, soldados saltando de avião, seguido por várias imagens de guerras e batalhas, em terra e no mar, sendo que, em algumas delas, aparecem a bandeira norte-americana. Mostra oficiais e autoridades, soldados entrincheirados, várias explosões e tanques de guerra, destruindo tudo pela frente, bem como, navios e barcos em alto mar. Bombas e torpedos sendo lançados. Soldados usando lança-chamas e aviões lançando pacotes pendurados em pequenos paraquedas para os soldados em terra.
Termina com vários soldados correndo para atacar o alvo.